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Cuide da saúde mental através da Arquitetura

Cuide da saúde mental através da Arquitetura

Cuide da saúde mental através da arquitetura e de outros aspectos da casa

Investir em um projeto pautado pela neuroarquitetura, manter a organização, exercitar-se e contar com a companhia de pets são algumas das dicas; veja mais!

Por ser o primeiro mês do ano, janeiro nos inspira a refletir sobre as nossas vidas e a maneira com a qual as vivemos. Por esta mesma razão, foi o mês escolhido para conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde mental e emocional através da campanha Janeiro Branco.

Dos muitos cuidados que podemos adotar para uma vida mais tranquila e saudável, há alguns relacionados à rotina em casa. Uma das estratégias, por exemplo, é criar ambientes que promovam bem-estar e qualidade de vida – exatamente o que defende a neuro arquitetura.

Se você nunca ouviu falar deste termo, trata-se da comunhão entre a neurociência e a arquitetura, que busca analisar os impactos do ambiente físico no comportamento humano, enquanto fornece ferramentas para a concepção de ambientes pautada no bem-estar.

Afinal, como afirma a arquiteta Priscilla Bencke, co-fundadora da NEUROARQ® Academy, todo espaço exerce uma influência significativa em nosso corpo e cérebro.

“O propósito da neuroarquitetura é compreender como o espaço influencia nosso sistema nervoso e, igualmente importante, como afeta nosso comportamento e interação com todos os sistemas envolvidos”, explica.Aplicar a neurociência à arquitetura, portanto, também é buscar criar espaços que propiciem uma experiência mais positiva e saudável para as pessoas que os usam.

Como considerar a saúde mental no projeto

Priscilla explica que o projeto de ambientes eficientes não se baseia apenas em parâmetros técnicos, como legislação, ergonomia e conforto ambiental, mas também considera aspectos subjetivos – a exemplo de emoção, felicidade e bem-estar.

Importantes fatores, como percepção espacial, iluminação, cores e temperatura, contribuem para esses aspectos subjetivos mencionados, mas as suas aplicações variam conforme o caso.

Como, então, projetar um espaço priorizando a saúde mental? Para a arquiteta Gabi Sartori, também fundadora da NEUROARQ® Academy, não há uma regra geral, mas ela traz alguns exemplos. “Aproveitar a luz natural pode melhorar o humor e a produtividade, enquanto incorporar plantas, água e elementos naturais nos espaços internos e externos pode reduzir o estresse e aumentar a sensação de bem-estar”, diz.

Por sua vez, diferentes cores e texturas podem ter efeitos variados no humor e na cognição, e projetar espaços com boa acústica pode reduzir o estresse causado por ruídos indesejados, explica a profissional.

Por outro lado, há aquilo que devemos evitar para não criar um ambiente estressante. Segundo Gabi e Priscilla, essa lista inclui luz inadequada, ruído constante, falta de espaço pessoal, ausência de elementos naturais, má qualidade do ar e a falta de consideração pelas necessidades de todos os usuários.

Emily Gomes de Souza, psiquiatra da clínica Revitalis, acrescenta importantes dicas: “A nossa casa, na maior parte das vezes, é o nosso refúgio. Acredito que manter um ambiente organizado, limpo, com espaço adequado para descansar, cozinhar, ler e se exercitar seja algo necessário”, diz.

Como as arquitetas, Emily defende a incorporação de elementos da natureza no projeto, como plantas e luz solar. “Além disso, cada ambiente da casa deve ser pensado para nos estimular a fazer determinada atividade. Um cômodo com mais claridade e luz solar, por exemplo, pode nos estimular a meditar em casa. Já um quarto com iluminação baixa e confortável nos estimula a preparar o corpo para iniciar o sono”, explica.

Pets, grandes aliados da saúde mental

Há, ainda, outros aliados da saúde mental quando o assunto é cuidado em casa: os pets. Tê-los ao seu lado pode ser a chave para uma rotina mais feliz e tranquila.

“Diversos estudos têm sido realizados a fim de provar cientificamente que a companhia dos pets pode aumentar nossos indicadores neuroquímicos de comportamentos afiliativos, como endorfina, prolactina e dopamina”, diz Emily.

Para citar uma dessas investigações, em 2023 foi publicado um estudo na revista científica Frontiers in Public Health sobre a influência dos bichos na vida diária física e mental dos seres humanos.

“Os resultados mostraram que as pessoas que possuíam pets acabam por fazer mais exercício físico e possuíam maiores níveis suporte social, felicidade, satisfação com a vida, autorregulação e menores níveis de solidão do que aquelas que não possuíam”, comenta a psiquiatra, que acrescenta que a sua maior alegria ao fim de um dia de trabalho é chegar em casa e ser recebida por seu cachorro com aquela alegria inesgotável.

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