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Dúvidas
As doenças mentais consistem em alterações das funções normais da mente com repercussões comportamentais diversas e de gravidades diferentes. Envolve alterações de humor, controle de impulsos, alterações de pensamentos, comprometimento da crítica e intenção de suicídio. Não se trata de falha moral ou falta de força de vontade para mudar.
Todas as doenças mentais têm controle. O indivíduo que consegue entrar em tratamento psicológico e psiquiátrico, de acordo com sua necessidade, poderá ter uma vida normal com poucas restrições, assim como em outras especialidades médicas, como a cardiologia, por exemplo.
Algumas medicações podem gerar tendência à compulsão em pessoas suscetíveis. Se houver acompanhamento médico regular, a tendência de se criar dependência de qualquer medicação é mínima ou até nula.
Sim. A dependência química é uma doença mental como outra qualquer, onde encontramos diversas alterações de comportamento que, em última instância, conduzem o indivíduo ao consumo compulsivo de álcool ou drogas, em detrimento de claros prejuízos em sua vida pessoal. É uma doença com possível desfecho fatal.
Sempre que perceber alterações importantes no comportamento de uma pessoa, algo estranho à sua forma habitual de pensar, se relacionar e sentir. Caso haja alguma alteração grave, como ideação de morte/suicídio, risco de se machucar ou machucar terceiros, entre outras, poderá ser necessário uma internação para preservação da saúde e vida do paciente até que seja feito o diagnóstico preciso e implementado o tratamento adequado.
As internações em saúde mental podem ser voluntárias, involuntárias ou compulsórias.
A internação voluntária ocorre quando o paciente, juntamente com um médico psiquiatra, decide pela modalidade de internação para o tratamento de sua doença. Normalmente, ocorre quando os recursos ambulatoriais e as tentativas anteriores não se mostraram suficientes para mitigar significativamente o sofrimento do doente.
A internação involuntária se dá quando algum parente ou cônjuge do paciente, percebendo a ameaça que o mesmo pode trazer para si e/ou para terceiros, aciona um psiquiatra ou serviço psiquiátrico que providenciará a remoção do paciente. Ao chegar ao estabelecimento especializado, este paciente será avaliado por um médico psiquiatra e, se houver indicação, ficará internado à revelia. Todo o processo é legal, está respaldado na Lei Federal (10.216) e visa a proteção do doente que não apresenta condição de tomar decisões por si mesmo.
A internação compulsória se dá quando o juiz ou vara judicial determina a internação de um indivíduo em clínica especializada por medida cautelar. Toda internação deve ser feita com a avaliação e validação de um psiquiatra habilitado.
A internação consiste em três etapas de avaliação. Inicialmente, há o diagnóstico, a organização do quadro agudo e a entrevista com os familiares. Em seguida, há uma avaliação minuciosa sobre o paciente, seus hábitos, costumes, dificuldades e pontos positivos que serão trabalhados para que o mesmo crie consciência e consiga dar seguimento ao seu tratamento ambulatorial futuro. Por último, adaptamos as habilidades adquiridas pelo paciente para o ambiente e as relações que irá vivenciar fora do ambiente da internação. Nesta etapa, também convocamos a família para elaborar, junto com o paciente, um plano de ação individualizado para lidar com as prováveis dificuldades que serão enfrentadas no ambiente externo.
Ao final da internação, todo paciente é direcionado para o tratamento específico adequado, sem que haja qualquer descontinuidade entre a internação e o tratamento ambulatorial.