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Como o Lazer e os Hobbies Contribuem para uma Mente Saudável

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Como o Lazer e os Hobbies Contribuem para uma Mente Saudável

Em tempos de pressa, produtividade e exigências constantes, é fácil esquecer que o descanso e o prazer também fazem parte do cuidado com a saúde mental. Falar sobre autocuidado não se resume a rotinas rígidas de bem-estar, meditação ou alimentação saudável — embora tudo isso tenha valor. Há um aspecto muitas vezes negligenciado nesse processo: o lazer. Momentos de leveza, diversão e conexão com atividades que despertam prazer não são apenas um luxo. São uma necessidade. Entenda como o lazer e os hobbies contribuem para uma mente saudável:

Mas você tem se permitido viver esses momentos? Inserir hobbies e espaços de descanso na rotina pode ser o antídoto silencioso contra o estresse crônico, a ansiedade e até sintomas de depressão. Mais do que distração, o lazer é uma estratégia eficaz e cientificamente reconhecida de promoção da saúde mental.

Lazer não é perda de tempo: é cuidado emocional

A ideia de que o lazer seria algo supérfluo ou reservado para quando “sobra tempo” ainda é muito comum. No entanto, essa visão tem sido desconstruída por especialistas em saúde mental. O Departamento de Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o lazer como um fator protetivo essencial, especialmente em períodos de estresse prolongado. Em outras palavras: reservar tempo para o que te faz bem pode não só aliviar a tensão do cotidiano como também prevenir o surgimento de transtornos psicológicos. Investir em atividades prazeirosas e significativas contribui para fortalecer o bem-estar emocional, aumentar a sensação de realização e promover uma mente mais equilibrada e saudável.

O que acontece no cérebro quando você pratica um hobby?

Ao se envolver com uma atividade prazeirosa, o cérebro ativa sistemas de recompensa ligados à dopamina, o neurotransmissor responsável pela sensação de motivação e prazer. Isso significa que ao cozinhar por diversão, praticar jardinagem, fazer artesanato ou simplesmente ouvir música, você está contribuindo biologicamente para sua regulação emocional.

Já os hobbies que exigem foco ou coordenação — como costurar, montar quebra-cabeças ou praticar esportes — também ajudam a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Essa combinação de prazer, desafio leve e descanso ativo proporciona benefícios cognitivos e emocionais duradouros.

Hobbies como ferramenta de conexão com seu interior

Muitos hobbies funcionam como um espaço de reencontro com você mesmo. Ao dedicar tempo a algo que traz satisfação pessoal, é possível se reconectar com seus interesses, desejos e sentimentos. Esse processo é essencial para o autoconhecimento, que, por sua vez, fortalece a saúde emocional. Em momentos de crise ou esgotamento, atividades de lazer funcionam como um território seguro onde é possível se reabastecer internamente.

Além disso, o engajamento com hobbies ajuda a desenvolver habilidades como paciência, criatividade, persistência e foco — competências que transbordam para outras áreas da vida, como trabalho, estudos e relacionamentos.

Lazer também é laço: a importância do compartilhamento

Outro aspecto importante do lazer é o seu potencial de promover vínculos sociais. Praticar atividades em grupo, fazer parte de clubes, coletivos ou rodas de conversa — mesmo que virtuais — amplia o senso de pertencimento e reduz a sensação de isolamento. Isso é especialmente relevante quando se trata da saúde mental: a construção de laços afetivos é um fator decisivo para enfrentar quadros de ansiedade e depressão.

Nesse sentido, os hobbies funcionam como pontes: permitem que você compartilhe interesses com outras pessoas, troque experiências e fortaleça sua rede de apoio emocional. Essa dimensão social do lazer não deve ser subestimada — ela é, na verdade, um “bônus terapêutico”.

Como incluir mais prazer na rotina?

A primeira dica é simples: não espere tempo livre para começar. Se você deixar o lazer para “quando der”, ele dificilmente acontecerá. A ideia é reservar pequenos momentos do dia ou da semana para atividades que proporcionem bem-estar, mesmo que seja por 15 ou 20 minutos. Comece com algo leve: ouvir uma música que você gosta, desenhar, cuidar de plantas, sair para caminhar, jogar um jogo, aprender algo novo por curiosidade.

Lembre-se: não existe uma forma certa de se divertir. O lazer é subjetivo e deve estar alinhado ao que você sente prazer em fazer — sem culpa ou obrigação de ser produtivo. O importante é que a atividade seja capaz de gerar leveza, distração positiva e sensação de conexão com o momento presente.

Cuidado profissional também importa

Embora o lazer e os hobbies tenham papel importante no fortalecimento emocional, é essencial reconhecer quando o sofrimento psíquico exige acompanhamento especializado. Atividades prazeirosas podem ajudar a amenizar sintomas leves, mas não substituem o acompanhamento com profissionais quando há quadros mais complexos.

Se você percebe que está desmotivado há muito tempo, com sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade intensa ou dificuldade para realizar tarefas básicas do dia a dia, buscar ajuda profissional é o caminho mais seguro. O lazer é uma ferramenta complementar, não uma solução isolada. Um bom acompanhamento irá auxiliar até em ideias de atividades mais voltadas ao paciente e sua realidade, estimulando seu desenvolvimento de forma singular.

Cuide-se com leveza e prazer

Cultivar o lazer é uma forma poderosa — e muitas vezes esquecida — de cuidar da mente. Em um mundo que valoriza o desempenho constante, permitir-se momentos de prazer e descanso é um gesto de resistência e sabedoria. Não se trata de fugir da realidade, mas de encontrar refúgios saudáveis que renovem sua energia e deem sentido ao cotidiano.

Comece por você: experimente novas atividades, resgate antigos interesses e, acima de tudo, lembre-se de que sentir prazer também é parte do processo de se manter emocionalmente saudável.

O Papel do Autoconhecimento no Fortalecimento da Saúde Mental

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O Papel do Autoconhecimento no Fortalecimento da Saúde Mental

Falar sobre saúde mental vai além de buscar terapias, praticar atividades físicas ou reduzir o estresse.  Um aspecto muitas vezes negligenciado, mas essencial nesse processo, é o autoconhecimento, que tem um papel essencial no fortalecimento da saúde mental. Em meio à rotina acelerada, poucos reservam tempo para refletir sobre si mesmos, suas emoções, reações e desejos. Mas entender quem somos é um passo fundamental para lidar melhor com os desafios da vida, fortalecer a autoestima e manter o equilíbrio emocional.

Segundo a American Psychological Association (APA), desenvolver o autoconhecimento ajuda a identificar padrões emocionais, melhorar a resiliência e promover estratégias mais eficazes para lidar com o estresse. Essa prática é a base para uma vida mais consciente e com decisões mais alinhadas aos próprios valores. O autoconhecimento não elimina os problemas, mas amplia a clareza sobre como enfrentá-los de forma saudável. Afinal, como cuidar da própria saúde mental se não sabemos reconhecer o que nos afeta, o que nos faz bem ou mal, e quais são nossos limites?

O que é autoconhecimento — e por que ele importa?

Autoconhecimento é a capacidade de observar e compreender os próprios pensamentos, sentimentos, comportamentos e motivações. Envolve o reconhecimento de padrões emocionais, das reações automáticas e também das crenças que influenciam as nossas escolhas.

Essa consciência não surge de forma instantânea. Trata-se de um processo contínuo e muitas vezes desafiador, que exige disposição para se olhar com honestidade e empatia. Mas o esforço vale a pena: quem se conhece melhor tende a ter maior estabilidade emocional, relações mais saudáveis e uma visão mais realista sobre si e o mundo.

Além disso, o autoconhecimento permite identificar quando algo está fora do eixo — o que facilita a busca por ajuda antes que a situação se agrave. Ele funciona, portanto, como um “termômetro interno” que aponta onde estão os desequilíbrios e como podemos agir sobre eles.

Como o autoconhecimento contribui para a saúde mental?

Pessoas que desenvolvem o autoconhecimento geralmente conseguem reconhecer suas emoções com mais facilidade, o que reduz a tendência a reprimir sentimentos ou explodir impulsivamente. Isso ajuda a lidar com o estresse, com a ansiedade e com os momentos de instabilidade de maneira mais lúcida e construtiva.

Outro benefício é a melhora na autoestima. Quando sabemos quem somos, aceitamos nossas imperfeições com mais compaixão e valorizamos nossas qualidades com mais segurança. Isso favorece o sentimento de pertencimento, confiança pessoal e resiliência diante dos obstáculos.

Além disso, o autoconhecimento contribui para escolhas mais conscientes. Entender os próprios valores, limites e necessidades permite dizer “não” com mais tranquilidade, evitar situações incomodas e tomar decisões que promovam bem-estar a longo prazo.

Estratégias para desenvolver o autoconhecimento

O caminho para o autoconhecimento é único para cada pessoa, mas algumas práticas podem facilitar esse processo. A seguir, listamos cinco estratégias que ajudam a iniciar ou aprofundar essa jornada:

  1. Pratique a auto-observação:

Reserve momentos para refletir sobre como você se sente, como reage às situações do dia a dia e o que está por trás dessas emoções. Evite julgamentos. O objetivo é apenas entender melhor o que acontece dentro de você.

  1. Escreva sobre suas experiências:

A escrita pode ser uma aliada poderosa. Registrar seus pensamentos e sentimentos em um diário, por exemplo, ajuda a identificar padrões de comportamento, sentimentos recorrentes e gatilhos emocionais.

  1. Escute mais o seu corpo e suas emoções:

Muitas vezes, o corpo fala antes da mente perceber o que está errado. Cansaço excessivo, insônia, dores físicas sem causa aparente ou alterações de apetite podem ser sinais de algo mais profundo. Estar atento a esses sinais é parte do autoconhecimento.

  1. Busque feedback e observe suas relações:

Conversar com pessoas de confiança pode ampliar a percepção que você tem de si mesmo. Às vezes, outras pessoas notam traços ou padrões que não conseguimos enxergar sozinhos. Esse tipo de escuta, feita com abertura e senso crítico, pode ser muito reveladora.

  1. Faça terapia:

O acompanhamento profissional é uma das formas mais eficazes de aprofundar o autoconhecimento. Com o apoio adequado, é possível explorar questões internas com segurança e orientação, compreender a origem de certos comportamentos e encontrar caminhos mais saudáveis de lidar com eles.

Você no centro do seu cuidado emocional

Desenvolver o autoconhecimento é, acima de tudo, um ato de cuidado consigo mesmo. Em vez de viver no piloto automático, essa prática nos convida a assumir o protagonismo da própria vida. E isso não significa ter todas as respostas, mas sim estar disposto a fazer perguntas mais honestas.

Em um mundo cheio de estímulos externos, encontrar tempo para olhar para dentro pode parecer difícil — mas é justamente aí que mora a transformação. Quando conhecemos nossas fragilidades e potencialidades, ganhamos mais autonomia emocional para enfrentar os altos e baixos da vida sem nos perder de nós mesmos.

Um convite à reflexão

Você já se perguntou quem você é, além dos papéis que ocupa? Já parou para pensar em quais valores guiam suas escolhas ou o que você realmente sente em determinadas situações? O autoconhecimento começa com essas perguntas simples — e pode levar a descobertas profundas. Se você ainda não iniciou esse processo, que tal dar o primeiro passo hoje? Porque cuidar da saúde mental é também aprender, todos os dias, a ser mais gentil com quem você é.

Como Manter a Saúde Mental em Tempos de Crise e Incertezas

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Como Manter a Saúde Mental em Tempos de Crise e Incertezas

Em tempos de crise, incertezas e mudanças rápidas, é comum que nossa saúde mental seja impactada. Situações como crises econômicas, instabilidade política, pandemias ou perdas pessoais profundas geram sentimentos de insegurança, medo, ansiedade e exaustão emocional. Mesmo as pessoas que costumam lidar bem com adversidades podem sentir-se mais vulneráveis quando o mundo ao redor parece imprevisível. Cuidar da saúde mental nesses períodos não é luxo — é necessidade. Mas então como manter a saúde mental em tempos de crise e incertezas? Como fazer isso quando estamos emocionalmente fragilizados?

A boa notícia é que, mesmo em meio ao caos, há formas de se cuidar! A seguir, você encontrará cinco passos para proteger sua saúde mental em tempos de crise e incertezas. São atitudes simples, mas poderosas, que podem te ajudar a respirar melhor, pensar com mais clareza e enfrentar os desafios com mais leveza.

1. Reconheça o impacto emocional das crises

O primeiro passo é validar o que você está sentindo. Muitas pessoas tentam seguir como se nada estivesse acontecendo, ignorando os efeitos que o estresse prolongado causa no corpo e na mente. Mas não reconhecer a sobrecarga emocional só adia o sofrimento e aumenta a sensação de culpa.

Em tempos de crise, é comum que surjam sintomas como insônia, irritabilidade, falta de concentração, alterações no apetite ou crises de ansiedade. Ao perceber esses sinais, evite se julgar. Em vez disso, acolha suas reações como respostas humanas a uma realidade difícil. Esse reconhecimento é o ponto de partida para buscar soluções mais saudáveis e realistas.

2. Crie uma rotina possível — e flexível

A rotina pode ser uma aliada importante para manter alguma estabilidade emocional durante momentos conturbados. No entanto, ela precisa ser viável e adaptável. Tentar manter o mesmo nível de produtividade ou rigidez de sempre pode se tornar mais um fator de estresse.

Estabeleça horários básicos para atividades essenciais como sono, alimentação e pausas. Inclua no seu dia algo que te traga bem-estar: uma caminhada, uma música, um chá, alguns minutos de silêncio. Essas pequenas iniciativas diárias ajudam a reduzir a sensação de descontrole e trazem um pouco mais de equilíbrio em meio ao imprevisível.

3. Limite o excesso de informações e preserve sua energia mental

Acompanhar as notícias e estar por dentro do que está acontecendo é importante, mas o excesso de informações pode ser tóxico — especialmente quando a maioria delas tem um teor negativo. A constante exposição a conteúdos alarmantes ativa o estado de alerta do cérebro e aumenta a ansiedade.

Defina horários específicos para se informar e escolha fontes confiáveis. Evite navegar por notícias aleatoriamente antes de dormir ou logo ao acordar. E se perceber que uma rede social ou contato está te fazendo mal, não hesite em diminuir a frequência temporariamente. Sua paz vale mais do que qualquer atualização.

4. Conecte-se com outras pessoas e não se isole

Crises costumam nos empurrar para dentro de nós mesmos. Mas o isolamento prolongado pode agravar sintomas de ansiedade e depressão. Compartilhar o que você sente com pessoas de confiança — mesmo que ainda não saiba nomear exatamente suas emoções — pode aliviar o peso mental e fortalecer vínculos de apoio.

Conversas sinceras, trocas afetivas e até atividades coletivas simples como cozinhar em família, participar de um grupo online ou dar uma volta com um amigo têm um efeito restaurador. A troca social funciona como um espaço de escuta e pertencimento, o que é essencial para manter a saúde mental em períodos difíceis.

5. Procure ajuda profissional quando sentir necessidade

Por mais que algumas práticas tragam alívio, em muitos casos é necessário apoio especializado. Se os sentimentos de tristeza, cansaço, angústia ou irritabilidade persistirem, ou se houver dificuldade em realizar tarefas básicas do dia a dia, não hesite em procurar um profissional da área.

Preservar a saúde mental em tempos difíceis não significa estar bem o tempo todo. Significa, antes de tudo, estar atento a si mesmo, acolher os próprios sentimentos e buscar, com gentileza, formas de se fortalecer. Ter uma rotina, conversar com pessoas de confiança, limitar estímulos negativos e procurar ajuda profissional são atitudes que podem fazer uma grande diferença.

Que tal botar em prática?

Se você está passando por um momento de crise, lembre-se: você não precisa enfrentar isso sozinho. Em momentos assim, não precisamos resolver tudo de uma vez. Às vezes, o essencial é apenas dar o próximo passo. Cuidar da saúde mental é uma forma de se proteger, mas também de criar espaço para reconstruir o que foi abalado.

Reserve um momento do seu dia para se perguntar: como estou me sentindo? E o que posso fazer, por menor que seja, para me acolher hoje? Mesmo no meio das incertezas, é possível encontrar pequenos pontos de apoio — e a coragem para seguir em frente. Não tenha medo de procurar ajuda e conversar sobre como se sente, isso pode te trazer clareza para os próximos passos.

O papel da atividade física na redução dos sintomas da depressão

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Movimento e superação: o papel da atividade física na redução dos sintomas da depressão

É possível cuidar da saúde mental por meio do corpo? A ciência tem mostrado, com cada vez mais clareza, que sim. Em meio ao crescente número de casos de depressão em todo o mundo, buscar estratégias acessíveis e complementares ao tratamento tem se tornado essencial. Entre essas estratégias, a prática regular de atividade física se destaca como uma das mais eficazes. Mas por que se movimentar pode fazer tanta diferença para a mente? Abaixo, vamos lhe mostrar um pouco do papel da atividade física na redução dos sintomas da depressão:

Depressão é uma condição complexa, que vai muito além da tristeza passageira. Trata-se de um transtorno que afeta profundamente o humor, o comportamento e até a saúde física. Embora o tratamento medicamentoso e a psicoterapia sejam fundamentais, os estudos apontam que o exercício físico pode atuar como um poderoso aliado contra a depressão, tanto na prevenção quanto na redução dos sintomas.

O impacto da atividade física na saúde mental

Quando praticamos atividade física, nosso corpo libera neurotransmissores como a serotonina, dopamina e endorfina — substâncias que atuam diretamente no bem-estar emocional. Esses “mensageiros químicos” são os mesmos frequentemente desequilibrados em quadros depressivos. Por isso, exercitar-se regularmente ajuda a restaurar esse equilíbrio, melhorando o humor, reduzindo a ansiedade e promovendo uma sensação de prazer e recompensa.

Além disso, a prática constante contribui para uma melhora no sono, no apetite, na autoestima e na capacidade de concentração — aspectos frequentemente afetados pela depressão. Sentir-se mais disposto e produtivo, mesmo com pequenas evoluções diárias, já representa um grande avanço para quem convive com a doença.

Qualquer movimento conta

Um dos maiores equívocos é pensar que só atividades intensas ou de longa duração trazem benefícios. Caminhar pelo bairro, pedalar por alguns minutos, fazer alongamentos leves ou praticar uma dança em casa já são iniciativas válidas. O importante é movimentar o corpo dentro das suas possibilidades e limitações.

Estudos recentes mostram que 30 minutos de exercício moderado, três a cinco vezes por semana, já podem gerar impactos significativos nos sintomas da depressão. A regularidade é mais importante do que a intensidade. O que realmente importa é transformar o movimento em um hábito, respeitando o seu próprio ritmo e corpo.

Superando a inércia inicial

Para quem está enfrentando a depressão, iniciar qualquer atividade pode parecer um grande desafio. A falta de energia, o desânimo constante e a sensação de inutilidade são barreiras reais. Por isso, o primeiro passo muitas vezes precisa ser pequeno. Colocar uma roupa confortável, abrir a janela para respirar um pouco de ar fresco, dar alguns passos dentro de casa… tudo isso já pode ser considerado um início.

Nesses momentos, o apoio de amigos, familiares ou até de grupos de caminhada pode fazer diferença. Estabelecer metas realistas e celebrar pequenas conquistas diárias ajuda a manter a motivação. A prática de atividade física não precisa ser solitária — quando compartilhada, ela pode fortalecer vínculos e tornar-se ainda mais significativa.

A ciência confirma: atividade física como terapia complementar

Diversos estudos científicos reforçam os efeitos positivos do exercício sobre a saúde mental. Uma pesquisa publicada na revista JAMA Psychiatry, por exemplo, mostrou que pessoas fisicamente ativas têm 26% menos risco de desenvolver depressão, independentemente da idade ou do histórico clínico. Outros estudos sugerem que a atividade física pode ser tão eficaz quanto antidepressivos leves em alguns casos de depressão leve a moderada, principalmente quando associada à psicoterapia.

É importante, no entanto, destacar: a atividade física não substitui o acompanhamento profissional. É essencial buscar a orientação de um profissional da saúde mental antes de planejar uma rotina e até mesmo a forma como incluir a atividade física na realidade do paciente. O exercício entra como um reforço no cuidado, potencializando os efeitos dos demais tratamentos e ampliando a sensação de autonomia sobre a própria vida.

Movimento como forma de reconexão consigo mesmo

Além dos benefícios fisiológicos e químicos, movimentar-se pode ter um efeito simbólico importante: o de retomar as rédeas da própria rotina. Ao cuidar do corpo, damos um passo em direção ao autocuidado, à valorização pessoal e ao fortalecimento interno. Sentir-se mais forte, mesmo que aos poucos, ajuda a construir um novo olhar sobre si e sobre o mundo ao redor.

Escolher uma atividade que traga prazer também é fundamental. Nem sempre é preciso seguir uma planilha rígida ou metas de desempenho. O mais importante é perceber a si mesmo em movimento, como protagonista do próprio processo de melhora e superação.

Comece por você: um passo de cada vez

Incluir a atividade física na rotina pode parecer desafiador no início, mas pequenas mudanças já fazem diferença. Escolher uma atividade que traga prazer é essencial para manter a constância, e esse hábito saudável ainda pode proporcionar momentos de troca social. Práticas em grupo, como caminhadas, aulas coletivas ou esportes, promovem conexões interpessoais que também ajudam a aliviar sintomas depressivos, criando uma rede de apoio que vai além do exercício físico.

Mas é importante lembrar novamente: a atividade física não substitui o acompanhamento profissional. A depressão é um transtorno complexo e deve ser tratada com responsabilidade. Ao perceber sinais persistentes de sofrimento emocional, buscar orientação de psicólogos ou psiquiatras é um passo fundamental. Com acompanhamento adequado, o exercício se soma a um plano de cuidado mais amplo, tornando-se um poderoso aliado na promoção do bem-estar.

Link do estudo da revista “JAMA Psychiatry”: quantidades de atividade física reduzem o risco de depressão. JAMA. 2022;327(21):2066. doi:10.1001/jama.2022.8997. Disponível em:  https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2792989?utm_source=chatgpt.com

Clínica Revitalis na Mídia em Maio

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Clínica Revitalis na Mídia

Em Maio, mais uma vez, a Clínica Revitalis marcou presença em veículos de imprensa nacionais, contribuindo com informações valiosas sobre saúde mental e promovendo debates relevantes para a sociedade. Ao longo do mês de maio, somamos 19 publicações em portais de grande circulação, consolidando nosso papel como fonte especializada e confiável.

Entre os principais temas abordados neste mês, destacaram-se os desafios no desenvolvimento infantil pós-pandemia e uma ampla cobertura sobre a fobia social — suas causas, sintomas e impactos na vida cotidiana. Confira abaixo os destaques da nossa participação na mídia:

 

Principais matérias com participação da Clínica Revitalis:

 

Alma Preta

Na matéria “Desenvolvimento infantil ainda é marcado por desafios 5 anos após pandemia”, abordamos os impactos emocionais e comportamentais nas crianças pós-isolamento social, com análises da equipe da Revitalis sobre os efeitos prolongados desse período.

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Terra

Em uma reportagem ampla sobre fobia social, esclarecemos as causas, sintomas e tratamentos para esse transtorno, reforçando a importância de buscar apoio profissional.

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Correio Braziliense – Revista do Correio

Nesta publicação, discutimos como a fobia social pode afetar relações pessoais e profissionais, além de compartilhar orientações sobre diagnóstico e tratamento.

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O Povo – Agência EdiCase

Contribuímos com explicações sobre os sintomas do transtorno e estratégias terapêuticas para lidar com o impacto emocional da fobia social.

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O Antagonista

A matéria destacou os sinais precoces da fobia social e contou com comentários da Clínica Revitalis sobre a importância de um olhar atento para o problema.

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O Tempo

Nesta reportagem, exploramos a diferença entre timidez e fobia social, explicando como o diagnóstico adequado é essencial para o tratamento eficaz.

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Rádio Tupi

Participamos de uma entrevista que trouxe reflexões sobre os impactos sociais da fobia social e a importância de um ambiente acolhedor no tratamento.

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Diário de Goiás

Na matéria, reforçamos os riscos da negligência no tratamento da fobia social e a importância de acompanhamento psicológico desde os primeiros sinais.

Leia aqui

GZH Donna

A publicação focou nos impactos da fobia social em mulheres e jovens adultos, com participação da Clínica Revitalis explicando os caminhos possíveis para o tratamento.

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Portal EdiCase

A matéria serviu como um guia prático sobre o transtorno, contando com explicações da nossa equipe sobre causas, sintomas e abordagens terapêuticas.

Leia aqui

 

A participação da Clínica Revitalis em tantos veículos reforça nosso compromisso em ampliar o diálogo sobre saúde mental no Brasil. Acreditamos que informação de qualidade salva vidas, reduz estigmas e promove caminhos reais de cuidado e transformação.

Continue acompanhando o nosso blog para se manter informado sobre saúde mental e internação psiquiátrica com conteúdo confiável e atualizado.

Você já considerou fazer terapia?

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Você já considerou fazer terapia?

Muitas pessoas acreditam que a terapia é apenas para quem está passando por uma crise intensa ou sofrendo com transtornos psicológicos graves. No entanto, a realidade é que a terapia pode beneficiar qualquer pessoa, independentemente de seu estado emocional atual. O cuidado com a saúde mental deve ser contínuo, assim como cuidamos do nosso corpo. Entender a importância da terapia é essencial para construir um bem-estar duradouro e uma vida emocionalmente equilibrada. Além disso, o autoconhecimento que essa prática proporciona pode ajudar em enumeras áreas da sua vida, como relacionamentos, trabalho, saúde e rotina. É importante conhecer, entender e aprender a lidar melhor com os próprios processos e a terapia é uma ferramenta essencial para esse despertar. E você, já considerou fazer terapia?

Quebrando o tabu: terapia não é sinal de fraqueza

Infelizmente, ainda existe um estigma sobre buscar ajuda psicológica. Muitas pessoas evitam a terapia por medo de serem vistas como frágeis ou incapazes de lidar com suas emoções sozinhas. Esse preconceito, enraizado em crenças ultrapassadas, faz com que muitos sofram em silêncio, adiando o cuidado com a própria saúde mental. No entanto, procurar um profissional não demonstra fraqueza, mas sim autoconsciência e coragem para enfrentar desafios internos com maturidade. Portanto, a terapia é um espaço seguro, acolhedor e livre de julgamentos, onde podemos expressar nossos sentimentos, refletir sobre padrões de comportamento e encontrar estratégias saudáveis para lidar com as dificuldades da vida de forma mais equilibrada e consciente.

Os benefícios da terapia para a saúde mental

A terapia não serve apenas para momentos de crise. Ela pode proporcionar autoconhecimento, melhorar habilidades sociais e emocionais e ajudar no desenvolvimento pessoal. Alguns dos principais benefícios incluem:

  • Redução do estresse e ansiedade;
  • Melhoria na autoestima e autoconfiança;
  • Maior clareza na tomada de decisões;
  • Desenvolvimento de habilidades para lidar com emoções negativas;
  • Fortalecimento dos relacionamentos interpessoais.

Como saber se você precisa de terapia?

Em geral, qualquer pessoa pode se beneficiar da terapia, mas alguns sinais indicam que buscar um profissional pode ser especialmente necessário. Sentimentos persistentes de tristeza, angústia ou desmotivação, dificuldade em controlar emoções como raiva ou ansiedade, problemas nos relacionamentos interpessoais, sensação de sobrecarga emocional ou exaustão constante e mudanças drásticas no sono ou no apetite são indícios de que algo não vai bem e que merecem atenção.

Esses sinais, muitas vezes negligenciados na correria do dia a dia, podem afetar significativamente a qualidade de vida, interferindo nas relações pessoais, no desempenho profissional e no bem-estar geral. Se algum desses sintomas faz parte da sua rotina, considerar a terapia pode ser um passo importante para recuperar o equilíbrio emocional e retomar o controle sobre sua saúde mental.

O impacto positivo da terapia a longo prazo

Diferente de um tratamento pontual, a terapia traz mudanças significativas e duradouras. Com o tempo, as pessoas desenvolvem resiliência emocional e aprendem a enfrentar desafios de forma mais saudável. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acompanhamento psicológico é uma das formas mais eficazes de prevenir transtornos mentais e melhorar a qualidade de vida.

O processo de terapia é singular e de acordo com o paciente, por isso, fornece ferramentas para lidar com questões cotidianas, assim como questões mais densas, profundas. A longo prazo esse apoio fortalece a autoconfiança e o autoconhecimento a ponto de estimular novas tomadas de decisão, mais conscientes e planejadas, gerando mais equilíbrio e conforto para a vida dessa pessoa, independente das adversidades que sempre vão surgir no caminho.

Como iniciar a terapia?

Se você deseja iniciar a terapia, o primeiro passo é escolher um profissional qualificado. Existem diversas abordagens terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, psicanálise, terapia humanista, entre outras. Cada uma possui métodos específicos, e um bom terapeuta pode ajudar a encontrar a abordagem mais adequada para você. Encontrar a terapia mais adequada faz parte da jornada do paciente e se sentir confortável e a vontade na presença do terapeuta é essencial para um bom desenvolvimento do processo de terapia.

E então? Que tal parar para pensar um pouco em como você tem lidado com sua saúde mental? Se você já pensou nessa possiblidade já é um ótimo sinal! Reflita como tem experienciado seus sentimentos e emoções e considere se a terapia pode ser uma ferramenta útil para o seu desenvolvimento pessoal. Essa escolha parte de você e apenas você saberá a melhor forma de iniciar essa jornada. Se já faz terapia, compartilhe sua experiência e incentive outras pessoas a cuidarem de sua saúde mental!

7 Sinais de que Sua Saúde Mental Precisa de Atenção Especializada

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7 Sinais de que Sua Saúde Mental Precisa de Atenção Especializada

Em meio à rotina acelerada, muitas pessoas não percebem quando sua saúde mental começa a enviar sinais de alerta. O cansaço constante, a ansiedade que se arrasta por dias e dias, as mudanças de humor que parecem sem motivo — tudo isso pode ser ignorado em nome da produtividade ou da correria diária. Mas será que esses sintomas são mesmo “normais”? Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para buscar o equilíbrio emocional e evitar que quadros leves se tornem problemas maiores. Conheça então os 7 sinais de que sua saúde mental precisa de atenção especializada.

1 – Mudanças no sono e no apetite

Alterações persistentes no sono e na alimentação estão entre os principais indicadores de sofrimento psíquico. Dificuldade para dormir, acordar frequentemente durante a noite, sono excessivo ou desregulado, assim como a perda repentina de apetite ou episódios de compulsão alimentar, podem estar ligados ao estresse emocional. Esses sinais, embora sutis no início, merecem atenção redobrada quando passam a afetar sua energia, humor e rotina diária.

2 – Isolamento social e perda de interesse

Se você tem evitado interações sociais, cancelado compromissos com frequência ou perdido o interesse em atividades que antes traziam prazer, isso pode ser um sinal de alerta. O isolamento e a apatia emocional costumam acompanhar quadros depressivos e transtornos de ansiedade, muitas vezes passando despercebidos como simples “fases ruins”. Ignorar esses comportamentos pode agravar a situação e tornar a retomada do bem-estar mais difícil.

3 – Emoções intensas e descontroladas

Explosões de irritação, crises de choro repentinas, sensações de angústia ou uma tristeza persistente sem causa aparente são sintomas que merecem atenção. Emoções intensas e aparentemente desproporcionais aos acontecimentos do dia a dia podem ser indicativos de que seu sistema emocional está sobrecarregado. Essa instabilidade emocional pode afetar relações pessoais, desempenho profissional e a forma como você se enxerga.

4 – Dificuldade de concentração e produtividade reduzida

Se tarefas simples parecem impossíveis de concluir, se há esquecimentos constantes ou se você sente que sua produtividade caiu sem motivo aparente, isso pode estar relacionado à sua saúde mental. A mente sobrecarregada tem dificuldade em manter o foco, planejar ou tomar decisões. Esse tipo de sintoma pode surgir em contextos de estresse crônico, Burnout ou transtornos como ansiedade e depressão.

5 – Pensamentos negativos e desesperança

Um sentimento persistente de desânimo, falta de perspectiva ou pensamentos negativos frequentes sobre si mesmo, o futuro ou a própria vida podem indicar um sofrimento mais profundo. Quando há uma sensação de vazio ou desmotivação prolongada, é fundamental não minimizar o que está acontecendo. Esses sinais não devem ser enfrentados sozinhos — procurar apoio pode ser um divisor de águas na recuperação emocional.

6 – Sensações físicas sem causa aparente

Dores de cabeça recorrentes, tensão muscular, palpitações ou distúrbios gastrointestinais sem diagnóstico médico claro podem ter origem emocional. O corpo reage ao sofrimento mental de formas diversas, e sintomas físicos são muitas vezes uma manifestação indireta da sobrecarga emocional. Observar essas reações e buscar compreensão sobre sua origem é essencial para um cuidado integral. Cada organismo vai reagir de alguma forma, mas o importante é perceber em que contexto esses sinais e sintomas aparecem.

7 – Sentimento constante de sobrecarga

Sensação de estar “sempre no limite”, dificuldade para relaxar mesmo em momentos de lazer e a impressão de que qualquer tarefa extra se torna insuportável são sinais de alerta. Quando o cérebro está em estado constante de alerta, é difícil recuperar o equilíbrio interno. Esse estado prolongado pode levar ao esgotamento emocional e afetar negativamente sua qualidade de vida.

Quando buscar ajuda profissional e priorizar o autocuidado?

Se esses sinais têm impactado sua rotina, suas relações ou sua qualidade de vida, buscar apoio psicológico ou psiquiátrico pode ser um passo importante. O acompanhamento profissional oferece escuta qualificada, estratégias de enfrentamento e intervenções que ajudam a restabelecer o equilíbrio emocional. Lembre-se: você não precisa esperar que a situação piore para procurar ajuda.

Reconhecer que algo não está bem já é um gesto de coragem. Praticar atividades prazerosas, estabelecer uma rotina mais leve, cuidar da alimentação e respeitar seus limites são atitudes que ajudam a recuperar o bem-estar. Mas, se os sintomas persistirem, a ajuda especializada pode fazer toda a diferença.

Então que tal fazer uma autoavaliação sincera? Reserve alguns minutos para refletir sobre como você tem se sentido nos últimos dias. Se identificar alguns dos sinais mencionados, considere conversar com um profissional da saúde mental. A prevenção é sempre o melhor caminho.

Por que Ainda Existe Preconceito Sobre a Internação Psiquiátrica?

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Por que Ainda Existe Preconceito Sobre a Internação Psiquiátrica?

Falar de internação psiquiátrica é um grande tabu. Esse termo continua com um enorme peso e estigma para muitas pessoas, apesar do debate sobre saúde mental estar cada vez mais disseminado. A ideia de que alguém possa passar por esse tipo de tratamento traz logo uma imagem de que a pessoa está perdendo o controle ou sendo abandonada, excluída da sociedade. Essa ideia equivocada permanece e muitas vezes é alimentada por filmes, notícias sensacionalistas e uma visão distorcida da realidade. A questão é: por que ainda existe preconceito sobre a internação psiquiátrica? Precisamos entender as razões e assim refletir sobre como combater esse estigma.

A imagem mais popular sobre internação psiquiátrica está sempre associada a cenários desumanizadores e assustadores. Filmes e outras mídias costumam retratar estes ambientes como lugares sombrios, onde os pacientes não são tratados de forma digna. Isso acaba criando um medo irracional nas pessoas e uma visão equivocada sobre o que de fato é o tratamento psiquiátrico, assim como a internação.

A internação psiquiátrica busca fornecer um ambiente seguro e estruturado para pessoas em crise. O objetivo não é prender o paciente, limitar, tirar sua liberdade. Pelo contrário, trata-se da oferta de suporte constante e estabilização do seu quadro, permitindo dar seguimento ao tratamento e melhorar sua qualidade de vida. A clínica de saúde mental é um espaço de recuperação e acolhimento, não de punição.

Quando a Internação Psiquiátrica é Necessária?

Os profissionais recomendam a internação quando identificam que o paciente está em risco iminente, seja para si mesmo ou para os outros. Isso pode acontecer em diversas situações e exige uma avaliação cuidadosa feita por especialistas. É importante que os profissionais observem e avaliem mudanças drásticas de comportamento ou transtornos graves que comprometam a capacidade do indivíduo de cuidar de si. Com a internação, a equipe busca oferecer um espaço seguro onde o paciente receba tratamento especializado. Muitas vezes, a internação é temporária como uma fase do processo de tratamento. Ela não é uma solução permanente, mas uma ferramenta para estabilizar o paciente e ajudá-lo a iniciar um caminho de recuperação.

O Impacto do Preconceito

O estigma em torno da internação psiquiátrica e dos transtornos mentais, de forma geral, é um dos principais fatores que afastam as pessoas do tratamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o preconceito contra aqueles que têm transtornos mentais é um dos maiores obstáculos para a busca de ajuda. As pessoas temem serem julgadas e rotuladas, o que pode impedi-las de procurar o apoio necessário.

Esse preconceito também afeta a maneira como a sociedade lida com a questão. Há uma percepção equivocada de que quem precisa de internação psiquiátrica é “perigoso” ou “diferente”. Isso reforça a exclusão e marginalização das pessoas que estão lutando com a saúde mental. Mas o estigma só ocorre na falta de conhecimento, quando não conhecemos o outro e assim o julgamos e damos espaço para um imaginário equivocado. Quanto mais nos aproximamos, mais compreendemos o outro e desmistificamos nossa visão.

Como Combater o Preconceito?

A melhor forma de reduzir o preconceito em torno da internação psiquiátrica é compartilhar o conhecimento e o diálogo aberto sobre saúde mental. Falar sobre o tema de maneira natural, sem julgamentos e com empatia, pode ajudar a desmistificar o que acontece nos tratamentos psiquiátricos e mostrar que as pessoas que recebem esse cuidado estão em busca de ajuda e recuperação.

É importante tratar o estigma com seriedade, combatendo a desinformação e oferecendo informações de qualidade sobre saúde mental. A mudança começa com a conscientização, e cada um de nós pode contribuir para um ambiente mais inclusivo e acolhedor.

O Papel da Família e da Comunidade

A família e a comunidade têm um papel essencial na reintegração das pessoas que passam por internação psiquiátrica. O apoio emocional da família, a compreensão e a ausência de julgamentos são fundamentais para que o paciente se sinta acolhido e apoiado no seu processo de recuperação. Além disso, a sociedade como um todo deve estar disposta a quebrar barreiras e oferecer suporte. Isso inclui garantir que as pessoas que passam por internação psiquiátrica tenham acesso a oportunidades de trabalho e estudo, e sejam tratadas com dignidade e respeito.

Que tal refletir sobre a forma como você enxerga a saúde mental e os preconceitos relacionados à internação psiquiátrica? Você pode começar a mudar a sua perspectiva, conversar sobre o tema com amigos e familiares e incentivar a busca por informações mais claras e precisas. Se você conhece alguém que está enfrentando dificuldades de saúde mental, seja um ponto de apoio. O primeiro passo para mudar a realidade está em ações simples, mas poderosas, que promovem acolhimento e compreensão.

Autocuidado: 7 hábitos para melhorar sua saúde mental

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Autocuidado: 7 hábitos para melhorar sua saúde mental

Cuidar da saúde mental ainda é visto por muitas pessoas como algo secundário, ou como algo que será visto assim que der tempo. Sabemos da importância de cuidar da nossa saúde como um todo, inclusive da mental, mas a correria e os problemas do dia a dia nos tiram deste foco e acabamos por negligenciar essa parte tão fundamental de nossa existência. A verdadeira chave para uma vida leve, produtiva e feliz está presente nos pequenos hábitos. O que você tem feito por você? E não esqueça que autocuidado não é egoísmo, pelo contrário, é uma forma silenciosa de resiliência contra a pressa, a pressão e o cansaço. Por isso, confira abaixo 7 hábitos para melhorar sua saúde mental.

Você está cuidando da sua mente tanto quanto do seu corpo?

A vida em meio a essa nova era de produtividade, acaba entendendo exaustão como algo positivo e sinônimo de que estamos nos esforçando e dedicando. Dentro de toda nossa correria cotidiana a saúde mental acaba ficando em segundo plano. Pensar e cuidar de si se torna um luxo ou um objeto de desejo do futuro, sempre condicionado a outras resoluções de problemas que compreendemos como mais urgentes ou importantes. Nesse eterno adiar, esquecemos de cuidar da gente. E esse “luxo” é essencial para uma vida melhor, prevenindo adoecimentos e favorecendo nosso equilíbrio emocional. Mas a boa notícia é que cuidar de si e da saúde mental não precisa ser tão complicado e nem ser deixado para depois. 

Veja os 7 hábitos que vão melhorar seu cotidiano e sua saúde mental

1 – Dormir bem: priorize uma boa noite de sono.

Essa é a base de qualquer conceito de bem-estar. A qualidade do nosso sono influencia diretamente na nossa disposição, produtividade, humor, memória e até no bom funcionamento do nosso sistema imunológico. É muito importante estabelecer uma regularidade de horários para o seu dia, principalmente para a hora de dormir. Você pode reduzir a exposição à telas, criar um ambiente confortável e aconchegante e cuidar até mesmo da alimentação, evitando sobrecarregar o corpo antes do sono. Entenda quantas horas o seu corpo precisa para acordar bem e veja o que você pode adequar na sua rotina para melhorar isso!

2 – Ser grato: cultive a gratidão diariamente.

Muitas vezes somos gratos, mas esquecemos de focar neste sentimento. A prática da gratidão é algo simples, mas com grandes efeitos. Tentar pensar em três coisas positivas durante o dia pode ser um exercício bobo, mas que aos poucos vai te ajudar a ver os aspectos mais positivos da vida. Isso reeduca seu olhar e da mesma forma, organiza melhor seus sentimentos e emoções. Ter esse tipo de prática ajuda a reduzir o estresse, melhora o humor e fortalece nossa saúde mental. Alguns estudos mostram que pessoas com atitudes de gratidão lidam melhor com as dificuldades da vida.

3 – Mover-se: mantenha sempre seu corpo em movimento.

Não é possível falar de saúde sem falar de corpo e atividades físicas! E essa saúde mesmo quando se trata da mente também precisa do movimento. Não se preocupe, pois não é necessário virar um atleta, nem ser praticante assíduo de algum esporte específico. Mas é fundamental procurar uma atividade que seja do seu agrado e tentar praticar ela de forma regular no seu dia a dia. Cada pessoa tem suas características e questões particulares e a busca pela atividade deve atender e respeitar essas singularidades. Mas em todos os casos, se manter ativo, movimentando-se cotidianamente, ajuda qualquer pessoa que queria cuidar da própria saúde como um todo: física e mental. A atividade física estimula liberação de neurotransmissores como endorfina e serotonina, que provocam uma sensação de bem-estar.

4 – Dizer não: aprenda a impor limites e se respeitar.

Para algumas pessoas dizer não é uma tarefa muito difícil! E isso acaba levando a um quadro de esgotamento emocional, assumindo responsabilidades além do que consegue administrar. Estabelecer limites e recusar pedidos é algo muito importante para nossa saúde mental. Dizer “não” da forma correta, com respeito, porém com a firmeza necessária, pode proteger você de grandes desequilíbrios emocionais. E acredite, isso não vai te tornar uma pessoa egoísta e por mais que os outros tenham reações ruins a curto prazo, com o tempo vão entender e respeitar seu posicionamento e você vai entender o que é de fato essencial ou não para a sua própria vida. Dizer “não” é um ato de auto amor.

5 – Conexões saudáveis: Construa vínculos positivos.

Bons relacionamentos funcionam como uma rede de apoio. E ninguém é nada sozinho. Por mais que sabemos da nossa solidão e do quanto dependemos de nós mesmos para resolver as questões da vida é importante lembrar que, ao mesmo tempo, sempre existe alguém ao nosso lado nos apoiando ao longo da nossa história. E devemos reconhecer isso. Devemos nos cercar de pessoas que de fato estão ao nosso lado e onde exista uma conexão recíproca. Lembre-se também de ser capaz de apoiar as pessoas que você tanto admira. Essa troca sincera favorece todos os envolvidos.

6 – Parar: faça pausas ao longo do dia.

Pausar é essencial! Incluir pequenos momentos de descanso na sua rotina vai mudar completamente sua disposição e produtividade. Além disso, ajuda a reduzir o estresse e regular todo o funcionamento do corpo, combatendo também a ansiedade. Busque técnicas como respiração, alongamento, meditação ou qualquer outra que funcione melhor para você, mas tente parar e vivenciar o vazio de uma mente tranquila. Permita-se parar e se reconectar com você e com o momento presente sempre que possível!

7 – Pedir apoio: não hesite em buscar ajuda profissional.

Ninguém tem a obrigação de dar conta de tudo e conseguir um equilíbrio na vida e no dia a dia nem sempre é uma tarefa fácil. Se você tem se esforçado para cuidar da sua saúde mental, mas sente que alguma parte disso você não dá conta, calma. Você pode e deve pedir ajuda! Diversos profissionais estão à disposição para facilitar esse seu processo e pedir esse apoio é na verdade um bom sinal de saúde mental. Entender nossos limites e ser capaz de pedir ajuda confirma o quanto estamos em um bom caminho. Não hesite, peça ajuda quando for necessário!

Pequenos hábitos, grandes mudanças

Criar e manter uma rotina saudável ajuda a desmistificar a nossa saúde mental. Não há mágica, nem processos milagrosos. Cuidar de si é um esforço cotidiano que exige sempre atenção, um cuidado contínuo. Mas essa tarefa pode e precisa ser prazerosa. Entenda que com o esforço de cultivar pequenos hábitos podemos gerar profundas mudanças! Tire um tempo para você agora mesmo e comece a repensar sua rotina, seus hábitos, suas prioridades. Tire um tempo para se amar!

 

Descubra como enfrentar os desafios após uma internação psiquiátrica

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Descubra como enfrentar os desafios após uma internação psiquiátrica

A internação psiquiátrica é um momento importante e intenso, de muito cuidado, mas um dos maiores desafios começa após a alta. Como retornar à rotina? Aos amigos e laços sociais? A reintegração social é parte importante do processo terapêutico e faz toda a diferença para a boa recuperação do paciente e evitar recaídas. Existe uma grande diferença entre o ambiente terapêutico e a realidade cotidiana. Os cuidados intensos, atenção direta e acompanhamento do internado são fatores importantes que deixam de existir na rotina diária de quem recebeu alta. Então como se adaptar a essa nova realidade? Como dar os próprios passos em direção a uma recuperação plena e saudável e assim poder criar uma rotina equilibrada, que transmita segurança? Descubra como enfrentar os desafios após uma internação psiquiátrica.

Esses desafios incluem adaptação aos novos ambientes, sejam eles familiares ou de trabalho, amigos ou outros vínculos. Isso exige paciência e estratégias contínuas de apoio. Segundo um estudo recente com 496 pacientes, publicado pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, o acompanhamento pós internação é essencial, exigindo inovação e construções coletivas entre outros fatores que não recaem apenas ao espaço institucional. A reintegração é um processo, que ocorre de maneira gradual, sem mágica, mas pode ser melhor organizado e adaptado a cada pessoa, respeitando sua individualidade e tempo. A seguir vamos esclarecer alguns passos importantes nessa jornada que vão ajudar e facilitar o processo de reintegração social.

Passo 1: A importância das pessoas mais próximas, como familiares e amigos

É essencial o suporte familiar e social mais próximo nessa fase. Demonstrar compreensão, evitar julgamentos e oferecer apoio emocional são atitudes importantes que podem ajudar a pessoa a se sentir mais à vontade e acolhida. Não só estar presente e apoiar, mas criar um ambiente leve, evitando cobranças e pressões. A participação ativa das pessoas mais próximas ajuda o bem-estar do paciente, mas já cria uma primeira ressocialização para ele. Este já se estabelece como um campo de interação onde ele pode agir tranquilamente e isso pode trazer confiança para que se reintegre a outros ambientes sociais mais complexos.

Além disso, pessoas próximas e interessadas devem sempre buscar informação e atualização para atender melhor as demandas de quem está passando por esse processo. O conhecimento pode ser um aliado para auxiliar no conforto do paciente e evitar situações que possam atrapalhar o seu processo de recuperação e reintegração. Portanto se você está lendo esta reportagem já é um ótimo sinal!

Passo 2: Continuidade do tratamento

Receber alta é um momento importante, de alegria e também de inseguranças, mas é importante compreender que isso não significa que o tratamento acabou. Pelo contrário, apesar da possibilidade de maior autonomia, todo o conjunto do tratamento precisa ser continuado, como consultas, acompanhamento clinico, análise da evolução do paciente, entre outros. Cada caso vai gerar uma demanda pós internação diferente, mas o que todas têm em comum é o desafio enfrentado pela pessoa nesse momento e a necessidade de se manter o acompanhamento profissional de quem recebeu a alta.

Grupos de apoio e outros recursos do tipo podem colaborar bastante nesse ponto. Conviver com outras pessoas que enfrentam o mesmo desafio não só transmite acolhimento e conforto, mas também incentiva a adesão contínua do tratamento. Sem contar que isso já passa a ser mais um ambiente de socialização. Um ambiente onde é possível conhecer outras histórias e experiências e fortalecer a própria jornada de quem está nesse processo. Essa troca é um fator crucial para o bem-estar do paciente.

Passo 3: Retomar trabalho e estudos

É muito comum o medo e insegurança para retornar aos ambientes de trabalho e estudo. Essa dificuldade faz parte do processo de readaptação e todos enfrentam essa angústia. É importante lembrar que as empresas e instituições de ensino precisam estar preparadas para esse tipo de acolhimento, oferecendo suporte, flexibilidade e combatendo estigmas. O retorno gradual pode ser uma boa alternativa, mas claro, cada caso é um caso e tem seu próprio ritmo.

O mesmo do ambiente familiar serve para trabalho e estudos: continua sendo importante um ambiente mais leve e com menos pressão, mesmo quando isso é difícil de ser proporcionado, deve-se lembrar que é uma necessidade de saúde para assistir esse paciente em seu processo de reintegração. É fundamental que a pessoa se sinta confortável nesses ambientes e perceba que tem uma rede de apoio, se sentindo mais seguro, confortável e gerando assim mais estabilidade emocional.

Passo 4: Estratégias para fortalecimento da autonomia

Para uma reintegração bem-sucedida são necessárias estratégias para lidar com os desafios do dia a dia. Desde a criação de uma rotina equilibradas, envolvendo atividades prazerosas até o desenvolvimento de habilidades sociais, para fortalecer a autoconfiança. A rotina e a repetição geram uma sensação de conforto e segurança e isso cria um ambiente propício para a autonomia do paciente e sua estabilidade emocional. Para estimular autonomia é necessária a sensação de segurança e isso só se constrói em um ambiente seguro e equilibrado.

Além da segurança e da estabilidade é preciso também compreender que não se pode controlar tudo e muitas vezes o paciente pode se frustrar ou não conseguir o que planejava, mas lidar com isso também faz parte do seu desenvolvimento. A diferença é ter sempre uma rede de apoio ao seu redor para contar em momentos como esse e para o incentivar a tentar outra vez. Outro fator importante é trabalhar a autoestima dessa pessoa, assim como suas habilidades de enfrentamento. Da mesma forma é positivo o estímulo a práticas esportivas, hobbies e outras atividades de rotina que vão trazer conforto, desafios e mais socializações.

Afinal, como podemos ajudar?

A reintegração social é um processo coletivo. Por mais que a alta seja para o paciente, o processo de transição entre o ambiente terapêutico e a vida cotidiana é um carrossel de desafios que demandam colaboração de toda a rede de apoio do paciente. Essa é uma trajetória onde a pessoa não deve se sentir sozinha e estar ao seu lado é uma busca e preocupação constante. O desafio da alta, portanto, não se limita ao paciente, é também um desafio coletivo.

Pequenas ações no dia a dia fazem toda a diferença, assim como a estuca ativa, o acolhimento, o combate ao julgamento, a busca por conhecimento e atualização desse conhecimento. Tudo isso colabora para criar um ambiente seguro e propício para o desenvolvimento da pessoa que está recebendo alta. É sempre importante lembrar que quem ajuda também precisa estar bem e muitas vezes também precisa ser assistido. Um ambiente seguro para o paciente pós alta precisa ser também um ambiente seguro para toda a sua rede de apoio. Assim a eficácia do tratamento é mais garantida e todos podem sentir mais segurança nessa jornada, sem temer tanto aos desafios.

Estudo citado:

FEISTHER, Lyandra Caroline et al. Acompanhamento de egressos de internação psiquiátrica no Centro de Atenção Psicossocial Ponta do Coral. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, v. 16, n. 33, p. 24-34, 2019.

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