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Por que Ainda Existe Preconceito Sobre a Internação Psiquiátrica?

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Por que Ainda Existe Preconceito Sobre a Internação Psiquiátrica?

Falar de internação psiquiátrica é um grande tabu. Esse termo continua com um enorme peso e estigma para muitas pessoas, apesar do debate sobre saúde mental estar cada vez mais disseminado. A ideia de que alguém possa passar por esse tipo de tratamento traz logo uma imagem de que a pessoa está perdendo o controle ou sendo abandonada, excluída da sociedade. Essa ideia equivocada permanece e muitas vezes é alimentada por filmes, notícias sensacionalistas e uma visão distorcida da realidade. A questão é: por que ainda existe preconceito sobre a internação psiquiátrica? Precisamos entender as razões e assim refletir sobre como combater esse estigma.

A imagem mais popular sobre internação psiquiátrica está sempre associada a cenários desumanizadores e assustadores. Filmes e outras mídias costumam retratar estes ambientes como lugares sombrios, onde os pacientes não são tratados de forma digna. Isso acaba criando um medo irracional nas pessoas e uma visão equivocada sobre o que de fato é o tratamento psiquiátrico, assim como a internação.

A internação psiquiátrica busca fornecer um ambiente seguro e estruturado para pessoas em crise. O objetivo não é prender o paciente, limitar, tirar sua liberdade. Pelo contrário, trata-se da oferta de suporte constante e estabilização do seu quadro, permitindo dar seguimento ao tratamento e melhorar sua qualidade de vida. A clínica de saúde mental é um espaço de recuperação e acolhimento, não de punição.

Quando a Internação Psiquiátrica é Necessária?

A internação é recomendada quando o paciente está em risco iminente, seja para si mesmo ou para os outros. Isso pode ocorrer nas mais diversas situações e precisa ser avaliado junto aos profissionais adequados. Mudanças drásticas de comportamentos ou transtornos graves que comprometem a capacidade do indivíduo de cuidar de si mesmo devem ser observados e avaliados. O principal objetivo da internação é proporcionar um espaço seguro onde o paciente possa receber tratamento especializado. Muitas vezes, a internação é temporária como uma fase do processo de tratamento. Ela não é uma solução permanente, mas uma ferramenta para estabilizar o paciente e ajudá-lo a iniciar um caminho de recuperação.

O Impacto do Preconceito

O estigma em torno da internação psiquiátrica e dos transtornos mentais, de forma geral, é um dos principais fatores que afastam as pessoas do tratamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o preconceito contra aqueles que têm transtornos mentais é um dos maiores obstáculos para a busca de ajuda. As pessoas temem serem julgadas e rotuladas, o que pode impedi-las de procurar o apoio necessário.

Esse preconceito também afeta a maneira como a sociedade lida com a questão. Há uma percepção equivocada de que quem precisa de internação psiquiátrica é “perigoso” ou “diferente”. Isso reforça a exclusão e marginalização das pessoas que estão lutando com a saúde mental. Mas o estigma só ocorre na falta de conhecimento, quando não conhecemos o outro e assim o julgamos e damos espaço para um imaginário equivocado. Quanto mais nos aproximamos, mais compreendemos o outro e desmistificamos nossa visão.

Como Combater o Preconceito?

A melhor forma de reduzir o preconceito em torno da internação psiquiátrica é compartilhar o conhecimento e o diálogo aberto sobre saúde mental. Falar sobre o tema de maneira natural, sem julgamentos e com empatia, pode ajudar a desmistificar o que acontece nos tratamentos psiquiátricos e mostrar que as pessoas que recebem esse cuidado estão em busca de ajuda e recuperação.

É importante tratar o estigma com seriedade, combatendo a desinformação e oferecendo informações de qualidade sobre saúde mental. A mudança começa com a conscientização, e cada um de nós pode contribuir para um ambiente mais inclusivo e acolhedor.

O Papel da Família e da Comunidade

A família e a comunidade têm um papel essencial na reintegração das pessoas que passam por internação psiquiátrica. O apoio emocional da família, a compreensão e a ausência de julgamentos são fundamentais para que o paciente se sinta acolhido e apoiado no seu processo de recuperação. Além disso, a sociedade como um todo deve estar disposta a quebrar barreiras e oferecer suporte. Isso inclui garantir que as pessoas que passam por internação psiquiátrica tenham acesso a oportunidades de trabalho e estudo, e sejam tratadas com dignidade e respeito.

Que tal refletir sobre a forma como você enxerga a saúde mental e os preconceitos relacionados à internação psiquiátrica? Você pode começar a mudar a sua perspectiva, conversar sobre o tema com amigos e familiares e incentivar a busca por informações mais claras e precisas. Se você conhece alguém que está enfrentando dificuldades de saúde mental, seja um ponto de apoio. O primeiro passo para mudar a realidade está em ações simples, mas poderosas, que promovem acolhimento e compreensão.

Autocuidado: 7 hábitos para melhorar sua saúde mental

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Autocuidado: 7 hábitos para melhorar sua saúde mental

Cuidar da saúde mental ainda é visto por muitas pessoas como algo secundário, ou como algo que será visto assim que der tempo. Sabemos da importância de cuidar da nossa saúde como um todo, inclusive da mental, mas a correria e os problemas do dia a dia nos tiram deste foco e acabamos por negligenciar essa parte tão fundamental de nossa existência. A verdadeira chave para uma vida leve, produtiva e feliz está presente nos pequenos hábitos. O que você tem feito por você? E não esqueça que autocuidado não é egoísmo, pelo contrário, é uma forma silenciosa de resiliência contra a pressa, a pressão e o cansaço. Por isso, confira abaixo 7 hábitos para melhorar sua saúde mental.

Você está cuidando da sua mente tanto quanto do seu corpo?

A vida em meio a essa nova era de produtividade, acaba entendendo exaustão como algo positivo e sinônimo de que estamos nos esforçando e dedicando. Dentro de toda nossa correria cotidiana a saúde mental acaba ficando em segundo plano. Pensar e cuidar de si se torna um luxo ou um objeto de desejo do futuro, sempre condicionado a outras resoluções de problemas que compreendemos como mais urgentes ou importantes. Nesse eterno adiar, esquecemos de cuidar da gente. E esse “luxo” é essencial para uma vida melhor, prevenindo adoecimentos e favorecendo nosso equilíbrio emocional. Mas a boa notícia é que cuidar de si e da saúde mental não precisa ser tão complicado e nem ser deixado para depois. 

Veja os 7 hábitos que vão melhorar seu cotidiano e sua saúde mental

1 – Dormir bem: priorize uma boa noite de sono.

Essa é a base de qualquer conceito de bem-estar. A qualidade do nosso sono influencia diretamente na nossa disposição, produtividade, humor, memória e até no bom funcionamento do nosso sistema imunológico. É muito importante estabelecer uma regularidade de horários para o seu dia, principalmente para a hora de dormir. Você pode reduzir a exposição à telas, criar um ambiente confortável e aconchegante e cuidar até mesmo da alimentação, evitando sobrecarregar o corpo antes do sono. Entenda quantas horas o seu corpo precisa para acordar bem e veja o que você pode adequar na sua rotina para melhorar isso!

2 – Ser grato: cultive a gratidão diariamente.

Muitas vezes somos gratos, mas esquecemos de focar neste sentimento. A prática da gratidão é algo simples, mas com grandes efeitos. Tentar pensar em três coisas positivas durante o dia pode ser um exercício bobo, mas que aos poucos vai te ajudar a ver os aspectos mais positivos da vida. Isso reeduca seu olhar e da mesma forma, organiza melhor seus sentimentos e emoções. Ter esse tipo de prática ajuda a reduzir o estresse, melhora o humor e fortalece nossa saúde mental. Alguns estudos mostram que pessoas com atitudes de gratidão lidam melhor com as dificuldades da vida.

3 – Mover-se: mantenha sempre seu corpo em movimento.

Não é possível falar de saúde sem falar de corpo e atividades físicas! E essa saúde mesmo quando se trata da mente também precisa do movimento. Não se preocupe, pois não é necessário virar um atleta, nem ser praticante assíduo de algum esporte específico. Mas é fundamental procurar uma atividade que seja do seu agrado e tentar praticar ela de forma regular no seu dia a dia. Cada pessoa tem suas características e questões particulares e a busca pela atividade deve atender e respeitar essas singularidades. Mas em todos os casos, se manter ativo, movimentando-se cotidianamente, ajuda qualquer pessoa que queria cuidar da própria saúde como um todo: física e mental. A atividade física estimula liberação de neurotransmissores como endorfina e serotonina, que provocam uma sensação de bem-estar.

4 – Dizer não: aprenda a impor limites e se respeitar.

Para algumas pessoas dizer não é uma tarefa muito difícil! E isso acaba levando a um quadro de esgotamento emocional, assumindo responsabilidades além do que consegue administrar. Estabelecer limites e recusar pedidos é algo muito importante para nossa saúde mental. Dizer “não” da forma correta, com respeito, porém com a firmeza necessária, pode proteger você de grandes desequilíbrios emocionais. E acredite, isso não vai te tornar uma pessoa egoísta e por mais que os outros tenham reações ruins a curto prazo, com o tempo vão entender e respeitar seu posicionamento e você vai entender o que é de fato essencial ou não para a sua própria vida. Dizer “não” é um ato de auto amor.

5 – Conexões saudáveis: Construa vínculos positivos.

Bons relacionamentos funcionam como uma rede de apoio. E ninguém é nada sozinho. Por mais que sabemos da nossa solidão e do quanto dependemos de nós mesmos para resolver as questões da vida é importante lembrar que, ao mesmo tempo, sempre existe alguém ao nosso lado nos apoiando ao longo da nossa história. E devemos reconhecer isso. Devemos nos cercar de pessoas que de fato estão ao nosso lado e onde exista uma conexão recíproca. Lembre-se também de ser capaz de apoiar as pessoas que você tanto admira. Essa troca sincera favorece todos os envolvidos.

6 – Parar: faça pausas ao longo do dia.

Pausar é essencial! Incluir pequenos momentos de descanso na sua rotina vai mudar completamente sua disposição e produtividade. Além disso, ajuda a reduzir o estresse e regular todo o funcionamento do corpo, combatendo também a ansiedade. Busque técnicas como respiração, alongamento, meditação ou qualquer outra que funcione melhor para você, mas tente parar e vivenciar o vazio de uma mente tranquila. Permita-se parar e se reconectar com você e com o momento presente sempre que possível!

7 – Pedir apoio: não hesite em buscar ajuda profissional.

Ninguém tem a obrigação de dar conta de tudo e conseguir um equilíbrio na vida e no dia a dia nem sempre é uma tarefa fácil. Se você tem se esforçado para cuidar da sua saúde mental, mas sente que alguma parte disso você não dá conta, calma. Você pode e deve pedir ajuda! Diversos profissionais estão à disposição para facilitar esse seu processo e pedir esse apoio é na verdade um bom sinal de saúde mental. Entender nossos limites e ser capaz de pedir ajuda confirma o quanto estamos em um bom caminho. Não hesite, peça ajuda quando for necessário!

Pequenos hábitos, grandes mudanças

Criar e manter uma rotina saudável ajuda a desmistificar a nossa saúde mental. Não há mágica, nem processos milagrosos. Cuidar de si é um esforço cotidiano que exige sempre atenção, um cuidado contínuo. Mas essa tarefa pode e precisa ser prazerosa. Entenda que com o esforço de cultivar pequenos hábitos podemos gerar profundas mudanças! Tire um tempo para você agora mesmo e comece a repensar sua rotina, seus hábitos, suas prioridades. Tire um tempo para se amar!

 

Descubra como enfrentar os desafios após uma internação psiquiátrica

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Descubra como enfrentar os desafios após uma internação psiquiátrica

A internação psiquiátrica é um momento importante e intenso, de muito cuidado, mas um dos maiores desafios começa após a alta. Como retornar à rotina? Aos amigos e laços sociais? A reintegração social é parte importante do processo terapêutico e faz toda a diferença para a boa recuperação do paciente e evitar recaídas. Existe uma grande diferença entre o ambiente terapêutico e a realidade cotidiana. Os cuidados intensos, atenção direta e acompanhamento do internado são fatores importantes que deixam de existir na rotina diária de quem recebeu alta. Então como se adaptar a essa nova realidade? Como dar os próprios passos em direção a uma recuperação plena e saudável e assim poder criar uma rotina equilibrada, que transmita segurança? Descubra como enfrentar os desafios após uma internação psiquiátrica.

Esses desafios incluem adaptação aos novos ambientes, sejam eles familiares ou de trabalho, amigos ou outros vínculos. Isso exige paciência e estratégias contínuas de apoio. Segundo um estudo recente com 496 pacientes, publicado pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, o acompanhamento pós internação é essencial, exigindo inovação e construções coletivas entre outros fatores que não recaem apenas ao espaço institucional. A reintegração é um processo, que ocorre de maneira gradual, sem mágica, mas pode ser melhor organizado e adaptado a cada pessoa, respeitando sua individualidade e tempo. A seguir vamos esclarecer alguns passos importantes nessa jornada que vão ajudar e facilitar o processo de reintegração social.

Passo 1: A importância das pessoas mais próximas, como familiares e amigos

É essencial o suporte familiar e social mais próximo nessa fase. Demonstrar compreensão, evitar julgamentos e oferecer apoio emocional são atitudes importantes que podem ajudar a pessoa a se sentir mais à vontade e acolhida. Não só estar presente e apoiar, mas criar um ambiente leve, evitando cobranças e pressões. A participação ativa das pessoas mais próximas ajuda o bem-estar do paciente, mas já cria uma primeira ressocialização para ele. Este já se estabelece como um campo de interação onde ele pode agir tranquilamente e isso pode trazer confiança para que se reintegre a outros ambientes sociais mais complexos.

Além disso, pessoas próximas e interessadas devem sempre buscar informação e atualização para atender melhor as demandas de quem está passando por esse processo. O conhecimento pode ser um aliado para auxiliar no conforto do paciente e evitar situações que possam atrapalhar o seu processo de recuperação e reintegração. Portanto se você está lendo esta reportagem já é um ótimo sinal!

Passo 2: Continuidade do tratamento

Receber alta é um momento importante, de alegria e também de inseguranças, mas é importante compreender que isso não significa que o tratamento acabou. Pelo contrário, apesar da possibilidade de maior autonomia, todo o conjunto do tratamento precisa ser continuado, como consultas, acompanhamento clinico, análise da evolução do paciente, entre outros. Cada caso vai gerar uma demanda pós internação diferente, mas o que todas têm em comum é o desafio enfrentado pela pessoa nesse momento e a necessidade de se manter o acompanhamento profissional de quem recebeu a alta.

Grupos de apoio e outros recursos do tipo podem colaborar bastante nesse ponto. Conviver com outras pessoas que enfrentam o mesmo desafio não só transmite acolhimento e conforto, mas também incentiva a adesão contínua do tratamento. Sem contar que isso já passa a ser mais um ambiente de socialização. Um ambiente onde é possível conhecer outras histórias e experiências e fortalecer a própria jornada de quem está nesse processo. Essa troca é um fator crucial para o bem-estar do paciente.

Passo 3: Retomar trabalho e estudos

É muito comum o medo e insegurança para retornar aos ambientes de trabalho e estudo. Essa dificuldade faz parte do processo de readaptação e todos enfrentam essa angústia. É importante lembrar que as empresas e instituições de ensino precisam estar preparadas para esse tipo de acolhimento, oferecendo suporte, flexibilidade e combatendo estigmas. O retorno gradual pode ser uma boa alternativa, mas claro, cada caso é um caso e tem seu próprio ritmo.

O mesmo do ambiente familiar serve para trabalho e estudos: continua sendo importante um ambiente mais leve e com menos pressão, mesmo quando isso é difícil de ser proporcionado, deve-se lembrar que é uma necessidade de saúde para assistir esse paciente em seu processo de reintegração. É fundamental que a pessoa se sinta confortável nesses ambientes e perceba que tem uma rede de apoio, se sentindo mais seguro, confortável e gerando assim mais estabilidade emocional.

Passo 4: Estratégias para fortalecimento da autonomia

Para uma reintegração bem-sucedida são necessárias estratégias para lidar com os desafios do dia a dia. Desde a criação de uma rotina equilibradas, envolvendo atividades prazerosas até o desenvolvimento de habilidades sociais, para fortalecer a autoconfiança. A rotina e a repetição geram uma sensação de conforto e segurança e isso cria um ambiente propício para a autonomia do paciente e sua estabilidade emocional. Para estimular autonomia é necessária a sensação de segurança e isso só se constrói em um ambiente seguro e equilibrado.

Além da segurança e da estabilidade é preciso também compreender que não se pode controlar tudo e muitas vezes o paciente pode se frustrar ou não conseguir o que planejava, mas lidar com isso também faz parte do seu desenvolvimento. A diferença é ter sempre uma rede de apoio ao seu redor para contar em momentos como esse e para o incentivar a tentar outra vez. Outro fator importante é trabalhar a autoestima dessa pessoa, assim como suas habilidades de enfrentamento. Da mesma forma é positivo o estímulo a práticas esportivas, hobbies e outras atividades de rotina que vão trazer conforto, desafios e mais socializações.

Afinal, como podemos ajudar?

A reintegração social é um processo coletivo. Por mais que a alta seja para o paciente, o processo de transição entre o ambiente terapêutico e a vida cotidiana é um carrossel de desafios que demandam colaboração de toda a rede de apoio do paciente. Essa é uma trajetória onde a pessoa não deve se sentir sozinha e estar ao seu lado é uma busca e preocupação constante. O desafio da alta, portanto, não se limita ao paciente, é também um desafio coletivo.

Pequenas ações no dia a dia fazem toda a diferença, assim como a estuca ativa, o acolhimento, o combate ao julgamento, a busca por conhecimento e atualização desse conhecimento. Tudo isso colabora para criar um ambiente seguro e propício para o desenvolvimento da pessoa que está recebendo alta. É sempre importante lembrar que quem ajuda também precisa estar bem e muitas vezes também precisa ser assistido. Um ambiente seguro para o paciente pós alta precisa ser também um ambiente seguro para toda a sua rede de apoio. Assim a eficácia do tratamento é mais garantida e todos podem sentir mais segurança nessa jornada, sem temer tanto aos desafios.

Estudo citado:

FEISTHER, Lyandra Caroline et al. Acompanhamento de egressos de internação psiquiátrica no Centro de Atenção Psicossocial Ponta do Coral. Extensio: Revista Eletrônica de Extensão, v. 16, n. 33, p. 24-34, 2019.

Quais São os Sinais de Que Alguém Precisa de Internação Psiquiátrica?

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Quando a crise chega: como saber se alguém precisa de internação psiquiátrica?

Saúde mental tem sido um tema cada vez mais debatido atualmente e realmente precisa da nossa atenção. Vivemos em um contexto de constante pressão e desafios emocionais que interferem completamente no nosso dia-a-dia e na forma como enxergamos o mundo. Em determinados casos, todo esse sofrimento psicológico pode se desenvolver para um quadro onde a internação psiquiátrica será uma medida necessária. Como então identificar este momento? Como saber se realmente é necessário? O que podemos observar de fato no comportamento que indique esta necessidade? Afinal, quais são os sinais de que alguém precisa de internação psiquiátrica?

Ter essa preocupação já é um ótimo sinal! Pois se preocupar com o tratamento e com a importância do papel de uma clínica de saúde mental demonstra o quando você se importa com essa pessoa e o quanto a quer bem. Segundo dados da Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, houve um aumento significativo no Brasil no número de indivíduos que foram diagnosticados com depressão por profissionais de saúde mental.

Todo sinal de abalo em nossa saúde mental deve ser avaliado com cautela e atenção. O apoio para enfrentar esta situação é crucial e ter isso em mente já configura um importante primeiro passo. Neste artigo vamos explorar alguns pontos principais que podem auxiliar a identificar esta necessidade de internação.

1 – Mudanças significativas no comportamento

Os primeiros sinais que notamos em alguém que não está bem é na mudança do seu jeito, uma mudança em seu comportamento. Caso perceba que esta pessoa está agindo de forma estranha, tendo reações desproporcionais em situações cotidianas, isso pode ser um indício de que ela está sofrendo de uma condição mental.

Essas mudanças podem ser uma impulsividade forte ou até mesmo diferenças mais profundas, que afetam seu relacionamento familiar e social. Em alguns casos isto pode se tornar menos racional, tendo atitudes por impulso, como agressividade ou violência sem nenhum motivo aparente.

Quando procurar ajuda: Ao perceber que esses novos comportamentos são frequentes e imprevisíveis, interferindo na vida dessa pessoa e até mesmo na segurança de quem está ao redor, é hora de buscar apoio profissional.

2 – Isolamento social e emocional

O isolamento é um fator importante dentre os comportamentos a serem observados. É comum pessoas que apresentam distúrbios psiquiátricos começarem a se distanciar de familiares e amigos e também das atividades que normalmente costumam ser prazeirosas. Se recusar a sair de casa, evitar amigos e pessoas próximas ou mesmo se isolar de forma mais extrema. Isso pode ser um reflexo de depressão, transtornos de ansiedade ou outras condições que afetam o bem-estar da pessoa.

Quando procurar ajuda: Se este isolamento for prolongado, recorrente e houver sinais de tristeza excessiva é válido procurar ajuda profissional. O acompanhamento feito o quanto antes pode evitar complicações maiores.

3 – Alterações no pensamento e na percepção da realidade

Novos pensamentos, ideias, como delírios, crenças irracionais ou alucinações, indicando perceber coisas que não existem, são sinais clássicos de alguém que pode estar enfrentando condições psiquiátrica grave. São sintomas que podem se manifestar de uma maneira mais sutil ou até mesmo de forma intensa, como o caso de acreditar que está sendo perseguido ou está em perigo. Distorções como essas prejudicam gravemente a capacidade de julgamento da pessoa, o que torna preocupante a situação.

Quando procurar ajuda: Quando ocorrerem estes tipos de pensamento desconexos e a pessoa acreditar em algo que claramente não é real a intervenção profissional é urgente. Em alguns casos a internação pode ser importante para garantir a segurança do paciente, além de ter acesso ao atendimento e acompanhamento adequado.

4- Dificuldade de lidar com tarefas diárias

A incapacidade de realizar tarefas básicas cotidianas, como ir ao trabalho, fazer refeições, tomar banho ou se vestir, pode ser outro sinal de que uma pessoa está com problemas de saúde mental. O quadro pode ter relação com uma depressão ou crise de ansiedade e dificultar na realização dessas atividades diárias simples. Se sintomas como estes se tornam frequentes é importante ter atenção.

Quando procurar ajuda: No momento em que a pessoa não consegue mais executar essas atividades sem ajuda de outras é hora de procurar uma avaliação.  O tratamento adequado ajuda o paciente a retomar sua autonomia e independência, proporcionando mais qualidade de vida.

5 – Comportamento impulsivo ou perigoso

A impulsividade em excesso e o comportamento de risco, como no caso de uso de substâncias psicoativas, comportamento violento ou direção imprudente, são algumas indicações de que essa pessoa pode estar passando por uma crise emocional ou psicológica. Comportamentos como esses podem ser associados a transtornos de personalidade ou outras condições que podem colocar o paciente em risco.

Quando procurar ajuda: A frequência e repetição destes comportamentos podem configurar uma necessidade de internação, a fim de evitar danos maiores à saúde da pessoa e de todos ao seu redor.

Concluindo: Como agir diante dos sinais de crise

Se alguém próximo a você está passando por um momento com fortes sinais de sofrimento mental, assim como mencionados nos pontos anteriormente, o primeiro passo é buscar ajuda profissional. Apesar da internação psiquiátrica ser vista por muitos com receio, esta pode ser a melhor opção para assegurar que a pessoa receba os cuidados necessários e se sinta bem, superando a crise.

Caso tenha identificado alguns destes sinais, lembre-se que é importante agir rapidamente e procurar ajuda profissional. Busque atendimento e tire suas dúvidas através de uma avaliação detalhada. Cada pessoa deve ser acolhida e escutada de forma singular e da mesma forma o parecer médico de cada caso é pensado para o paciente, até mesmo para discernir o que é ou não necessário em termos de tratamento. Não tenha medo de procurar ajuda! Encarar a situação de frente pode diminuir o peso da realidade que você está enfrentando, além de ajudar muito essa pessoa que você tanto se importa!

 

Família e tratamento psiquiátrico: entenda os 5 passos essenciais para apoiar quem você ama

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Entenda os 5 passos essenciais para apoiar quem você ama

Receber um diagnóstico de transtorno psiquiátrico nunca é uma situação fácil, e as primeiras reações comumente são de medo, insegurança e até mesmo frustração. Isso não se restringe ao paciente, já que toda a família está envolvida nesse processo. A sensação é de que o diagnóstico é para a família. Então, como lidar então com esse desafio? Como entender, aceitar e, principalmente, qual a melhor forma de apoiar um ente querido que está passando por isso? Entenda os 5 passos essenciais para apoiar quem você ama.

Importância da família no processo terapêutico

O tratamento de um paciente psiquiátrico não depende apenas de medicação e terapia. Além do fato de que cada caso deve ser pensado singularmente e acompanhado por um profissional, existem uma série de outras questões envolvidas no tratamento. A família desempenha um papel fundamental no suporte emocional deste paciente e toda sua rotina e a participação ativa dos parentes e pessoas mais próximas faz toda a diferença na recuperação.

Os 5 passos para um apoio eficaz e acompanhamento na recuperação junto à família

1 – Escuta ativa

A primeira coisa que você pode fazer nesse momento é escutar. Oferecer seu tempo, sem julgamentos e interrupções. A família pode contribuir muito ao receber e respeitar o que o paciente expressa, ouvir sobre seus medos, reclamações sem interferência. Isso ajuda a combater sentimentos como solidão e incompreensão que muitas vezes acompanham os transtornos psiquiátricos.

2 – Estudo e informação

Compreender o diagnóstico e as opções de tratamento é um passo muito importante para que a família seja realmente um apoio para o paciente. Ajudando a sanar suas dúvidas e incertezas. Além disso, informação é a melhor forma de combater medos e inseguranças, tanto do paciente, quanto das pessoas mais próximas, como a família. Busque sempre a informação em fontes confiáveis e através de profissionais da saúde, evitando equívocos e mal-entendidos.

3 – Diálogo e estabelecimento de limites

Apesar de todo envolvimento e apoio que a família deve oferecer ao paciente, também é necessário uma boa comunicação e estabelecimento de limites. Cuidar da saúde mental e bem estar é fundamental para todas as pessoas, não apenas para os pacientes. Lembre-se sempre que só podemos ajudar quando estamos bem e com condições para isso. Cuide-se para poder cuidar.

4 – Promoção da independência do paciente

Incentivar a autonomia do paciente dentro de suas limitações pode trazer grandes vantagens e avanços no tratamento. Apoiar o paciente em todas as suas conquistas, por menores que elas sejam, ajuda na sua recuperação e autoestima e isso também cria um ambiente mais leve e agradável para toda a família.

5 – Participação nos tratamentos e terapias

Estar presente. Talvez o passo mais fundamental nessa jornada! Seja durante as consultas ou terapias, assim como no dia a dia. Isso ajuda a fortalecer o vínculo entre paciente e cuidadores/familiares, além de permitir uma maior compreensão das necessidades e progressos do paciente.

O papel da família no tratamento psiquiátrico e recuperação do paciente é fundamental, mas também apresenta alguns desafios. O desgaste emocional e até mesmo físico é comum nesta situação, principalmente quando há dificuldades na adesão ao tratamento. Nesse caso é essencial que a família também busque ajuda, seja por meio de terapia, grupos de apoio ou outras orientações profissionais. O paciente precisa sempre ser lembrado que não está sozinho, mas a família também deve se lembrar que está amparada e também precisa de cuidados. Isso fortalece os vínculos e o próprio tratamento.

A família desempenha um papel crucial no tratamento psiquiátrico, pois oferece apoio emocional, estabilidade e ajuda na implementação das terapias, aspectos essenciais para a recuperação de pacientes com transtornos mentais. Um estudo publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria em 2017, mostrou que após 6 meses de acompanhamento, os pacientes cujas famílias participaram ativamente do tratamento apresentaram uma redução de 40% nas taxas de recaída, comparados aos pacientes que não tiveram esse tipo de suporte. Além disso, os pacientes do grupo com intervenção familiar demonstraram uma melhora de 35% em suas funções sociais e ocupacionais, sugerindo que o envolvimento familiar não apenas melhora os aspectos clínicos da doença, mas também contribui para a reintegração social dos pacientes. O que reforça a importância da participação familiar para garantir um tratamento psiquiátrico mais eficaz e integrado.

Entenda que cada paciente vive uma realidade e condição específica e seu tratamento levará em consideração todo o seu contexto. Lembre-se sempre que isso deve ser avaliado por profissionais, o que facilitará todo o processo terapêutico, além de sanar as dúvidas do papel da família e pessoas próximas nessa empreitada.

Estudo citado:

LACERDA, A. L. T., & PEREIRA, A. D. M. (2017). Impacto da intervenção familiar no tratamento de pacientes com esquizofrenia: Estudo quantitativo. Revista Brasileira de Psiquiatria, 39(3), 217-223. https://doi.org/10.1590/1516-4446-2016-2053

Clínica Revitalis na imprensa nacional no mês de Abril

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O mês de abril foi marcado por uma presença significativa da Clínica Revitalis na imprensa nacional.

O mês de abril foi marcado por uma presença significativa da Clínica Revitalis na imprensa nacional. Nossa equipe contribuiu com importantes reflexões e orientações sobre saúde mental em diversas publicações de grande alcance, reforçando nosso compromisso com a promoção de conhecimento e bem-estar emocional.

O tema em destaque foi o “ócio criativo”, conceito que valoriza momentos de pausa e desconexão como ferramentas importantes para a saúde mental e o estímulo à criatividade. A Clínica Revitalis foi fonte de referência para matérias publicadas em portais, revistas e rádios de grande visibilidade em todo o país.

Confira onde aparecemos:

Terra

A matéria abordou os impactos positivos do ócio criativo no combate à ansiedade e no aumento da produtividade. A Clínica Revitalis destacou como o descanso consciente pode auxiliar na prevenção do esgotamento emocional.

Correio Braziliense

Com foco no equilíbrio entre trabalho e lazer, a matéria trouxe insights sobre a importância de se permitir momentos de pausa. A equipe da Revitalis contribuiu explicando como esse equilíbrio é essencial para a saúde mental.

O Povo

Nesta publicação, destacamos como o ócio criativo pode ser uma ferramenta terapêutica e de autoconhecimento, especialmente em tempos de sobrecarga emocional.

Rádio Tupi

Com grande alcance no Rio de Janeiro, a matéria destacou os comentários da Clínica Revitalis sobre como o descanso pode ser um aliado na prevenção de transtornos mentais como ansiedade e depressão.

Meia Hora

A publicação trouxe dicas práticas compartilhadas pela equipe da Revitalis sobre como incorporar o ócio criativo à rotina mesmo em contextos urbanos e acelerados.

GZH Donna

A reportagem explorou o ócio como forma de reconexão consigo mesmo. A Clínica Revitalis contribuiu com orientações sobre como pequenas pausas podem estimular o bem-estar emocional.

O Tempo

Fechando a lista, essa matéria destacou como o ócio planejado contribui para o desenvolvimento pessoal e para a saúde mental em longo prazo. A Clínica Revitalis foi citada como referência no tema.

Estar presente em tantos veículos é motivo de orgulho para nossa equipe. Seguimos empenhados em compartilhar conhecimento, orientar a população e colaborar com iniciativas que valorizem a saúde mental como parte essencial da vida.

Se você quer saber mais sobre temas como esse, continue acompanhando o blog da Clínica Revitalis.

Saúde Caixa entra para lista de convênios da Revitalis Araras

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Convênio Saúde Caixa

A Clínica Revitalis, que já contava com aceitação de 20 planos de saúde, passa a aceitar também o plano de saúde “Saúde Caixa” na Unidade de Araras. Esta novidade visa ampliar o acesso dos nossos pacientes aos nossos serviços de qualidade.

Para mais informações sobre como utilizar o plano Saúde Caixa na Clínica Revitalis Araras, entre em contato conosco pelos nossos canais de atendimento. Estamos à disposição para esclarecer suas dúvidas.

Conheça todos os convênios aceitos na Clínica Revitalis. em: https://clinicarevitalis.com.br/#convenios

Guia prático para ajudar na saúde mental da sua empresa

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E-book "Bem-Estar Emocional no Local de Trabalho"

Na Clínica Revitalis entendemos o impacto que o ambiente de trabalho tem na saúde mental. É por isso que estamos empenhados em criar recursos valiosos que ajudem as empresas a transformar a sua cultura organizacional. Por isso, disponibilizamos para você o nosso novo e-book gratuito “Cultura Positiva – Promovendo o Bem-Estar Emocional no Local de Trabalho”. Este guia fornecerá insights importantes e estratégias práticas para cultivar um ambiente profissional que seja empático, respeitoso e que apoie o bem-estar emocional de todos.

que você encontrará no e-book:

. Reflexão profunda sobre a saúde mental: Explore como uma cultura organizacional positiva tem impacto na saúde mental dos funcionários e a importância de reconhecer e apoiar as necessidades emocionais de todos no local de trabalho.

. Estratégias práticas de implementação: Fornecemos orientações claras e práticas para ajudar a implementar mudanças significativas. Desde práticas diárias que promovem o autocuidado até políticas empresariais que incentivam um ambiente de trabalho mais acolhedor.

Investir na saúde emocional no ambiente de trabalho não é apenas uma decisão ética, mas também estratégica. Os funcionários que se sentem apoiados emocionalmente são mais produtivos, engajados e resilientes. Além disso, uma cultura organizacional que priorize o bem-estar emocional pode ajudar a criar um ambiente de trabalho mais positivo e harmonioso.

Baixe agora o E-book e inicie a jornada de transformação da sua empresa: https://clinicarevitalis.com.br/formulario-ebook/

Depressão é hereditária? Dra. Emily responde para Revista Boa Forma

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Depressão é hereditária?

Recentemente, a Dra. Emily Gomes de Souza, médica psiquiatra da Clínica Revitalis, foi destaque na Revista Boa Forma, compartilhando um pouco do seu conhecimento sobre os aspectos genéticos da depressão ao responder à pergunta “Depressão é hereditária?”.

A matéria publicada pela Revista Boa Forma aborda detalhadamente como predisposições genéticas podem influenciar a vulnerabilidade de indivíduos à depressão. Dra. Emily explicou que, embora fatores ambientais desempenhem um papel significativo, estudos indicam que certos genes podem aumentar a susceptibilidade a desordens psiquiátricas, incluindo a depressão.

“A compreensão dos aspectos genéticos da depressão é essencial para personalizar tratamentos eficazes e intervenções preventivas”, destacou Dra. Emily. Ela enfatizou a importância de uma abordagem holística para o tratamento da saúde mental, que leve em consideração tanto os fatores genéticos quanto os ambientais.

Para ler a matéria “Será que a depressão é hereditária? Descubra!” completa na Revista Boa Forma e explorar mais sobre como os aspectos genéticos influenciam a depressão, acesse o artigo através do link https://boaforma.abril.com.br/coluna/boa-forma-responde/depressao-e-genetica/

Encerrar ciclos abre novos caminhos! Entenda

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Encerramento de ciclos nos relacionamentos

Você está tendo que tomar decisões difíceis e encerrar ciclos? Entenda a importância dessas atitudes para abrir os seus caminhos

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